EMBAIXADORES DO REI 2016.

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EMBAIXADORES DO REI

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Primeira Lição Biblica de 2013





A apostasia no Reino de Israel.


Falar de apostasia no contexto histórico-cultural de Israel é um dos assuntos predominante do antigo testamento, tendo em vista que o maior dever da nação escolhida por Deus para representá-lo na antiga aliança, era simplesmente manterem-se uma nação monoteísta, adoradora de um único e soberano Deus, criador dos céus e da terra, e que havia tirado eles com sua mão forte do Egito.
Quando falamos de apostasia, fala-se de um adorador que dividi sua adoração com vários deuses, prostrando diante de varias imagens, e acreditando em varias doutrinas.
O termo apostasia e definido assim: 
A.pos.ta.si.a sf. (gr apostasia) 1 Abjuração, mudança de religião. 2 Ato de abandonar um partido ou uma a opinião.
Ato de desviar-se ou afastar-se do relacionamento com Deus.
Negação e abandono da fé. ITM 4:12TM 2:17-18.
A Revolta Final contra Deus. IITs 2:13.
Pois eis que os que se alongam de ti, perecerão; tu tens destruído todos aqueles que, apostatando, se desviam de ti. Sl73. 27.
Sabemos que a nação de Israel nasce com os patriarcas, Abraão, Isaque, Jacó e José, e eles deixaram uma marca de retidão e fidelidade a Deus.
O principio da apostasia Israelita, se dá logo após eles terem sido tirados da opressão egípcia, “E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito”. Ex32.4.
Neste acontecimento Moisés havia subido ao Sinai, a convite de Deus passou 40 dias no cume do monte, recebendo as tabuas da lei, e o projeto de construção do tabernáculo, lugar onde os israelitas adorariam o seu Deus na caminha até a terra prometida, para os judeus Moisés não voltaria mais, e com isso eles pensaram que Iahweh não se manifestaria mais no meio deles, surgindo então à idéia da construção de um objeto-ídolo que pudesse representar o deus da nação judaica, então construíram o “bezerro de ouro”.
O srº Deus reprovou veementemente aquela atitude, decidindo pela destruição dos israelitas, fato que não aconteceu devido à intervenção de Moisés.
Já no texto do livro de Números, capitulo 22, encontramos o fator decisivo para entrada da apostasia no contexto litúrgico de Israel, quando eles acamparam nas campinas de Moabe, diz a bíblia que lá em cima, Balaque rei dos Moabitas, preocupado com a fama de Israel, que havia derrotado todas as nações que se opuseram, não permitindo que eles passassem por seus termos, monta uma estratégia.
Balaque ao invés mandar o exército Moabita se preparar para batalha, a bíblia confirma que Balaque mandou contratar um profeta, neste contexto aparece Balaão, que viria para amaldiçoar o povo de Deus, a mando de Balaque, isso prova que a constatação de Balaque era óbvia, que, o grande mérito das vitorias israelitas, não estavam em um exercito formado de soldados inexperiente e sem armamentos, que no Egito sabiam apenas fazer tijolos e construções de casas, Balaque estava dizendo que no mundo físico, não adiantava lutar contra Israel, a batalha tinha que ser no mundo espiritual, por que, o que fazia de Israel vencedor nas batalhas, era o deus que eles serviam, por isso chamou um profeta e não um exército.
A bíblia diz que Balaão não teve méritos no serviço que veio prestar, praga e maldição alguma caíram sobre Israel, porque o Senhor Deus protegia seu povo, como Balaão tinha um contrato, ele então deu uma estratégia para Balaque destruir o povo de Israel. Que os moços e as moças de Moabe fossem dados aos moços e moças de Israel, com isso aconteceria à mistura cultural e surgiria então um sincretismo religioso no meio dos judeus. A partir deste fato o texto bíblico relata; E Israel deteve-se em Sitim e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos Moabitas.
Elas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu, e inclinou-se aos seus deuses. Juntando-se, pois, Israel a Baal-peor, a ira do SENHOR se acendeu contra Israel. Nm 25:1-3.
Depois desse descuido espiritual, Israel só se firmou na FÉ, quando entraram na terra de Canaã, durante os 25 anos de liderança de Josué, o povo foi obediente e fiel ao Senhor, andando nos seu caminho, e obedecendo seus mandamentos. Depois de Josué inicia-se o tempo dos juízes, um período de grande instabilidade espiritual, onde fica nítido as praticas idolátricas entre os judeus, e com isso o povo viveu tempos de declínio e gloria espiritual, provando assim, a benção e a maldição divina, enquanto Israel permanecia fiel, Deus os abençoava, quando eles abandonavam ao Senhor, a maldição e o sofrimento recaiam sobre a nação judaica, o período dos juízes durou aproximadamente 305 anos, logo após começaria o tempo da monarquia em Israel, com Saul, Davi e Salomão.
Saul apesar de terminar seu ministério sem comunhão com Deus, devido sua desobediência e revolta contra as orientações divinas, não vemos incitando ou colaborando para com a idolatria em Israel.
Nos dias de Davi, vemos um tempo de total adoração a Iahweh, talvez seja um dos períodos de maior devoção e obediência a Deus. Através dos preparativos para construção de uma casa, que seria edificada em nome do Senhor, um lugar para depositar a arca da aliança, símbolo da presença divina.
Com Salomão Israel experimentaria um novo tempo, de grandes construções, e crescimento econômico, mas Salomão fracassou em sua devoção a Deus, as suas alianças diplomáticas e os acordos governamentais, fizeram com que ele, como rei, deixasse de conduzir o povo á reverenciar um único Deus, que os tirou da terra da servidão. Está confirmado que Salomão praticou idolatria, nos seus acordos diplomáticos, ao se relacionar com mulheres dos povos pagãos, como também ao oferecer sacrifícios em altares a deuses estranhos e até mesmo sacrifício humano. Enquanto Salomão permanecia fiel à adoração a Deus, ele prosperava. É evidente que seus provérbios foram proferidos e os livros de Eclesiastes e O Cântico de Salomão, bem como pelo menos um dos Salmos (Sal 127), foram escritos durante o seu período de serviço fiel a Deus. No entanto, Salomão começou a desconsiderar a lei de Deus. Lemos: “E o próprio Rei Salomão amava muitas mulheres estrangeiras além da filha de Faraó, mulheres Moabitas, amonitas, edomitas, sidônios e hititas, das nações de que Deus havia dito aos filhos de Israel: ‘Não deveis entrar no meio delas e elas mesmas não devem entrar no vosso meio; decerto inclinarão o vosso coração a seguir os seus deuses. ’ Foi a elas que Salomão se apegou para amá-las. E ele veio a ter setecentas esposas, princesas, e trezentas concubinas; e suas esposas gradualmente lhe inclinaram o coração. E sucedeu, no tempo da velhice de Salomão, que as próprias esposas dele lhe haviam inclinado o coração para seguir outros deuses; e seu coração não se mostrou pleno para com o Senhor, seu Deus, como o coração de Davi, seu pai. E Salomão começou a ir atrás de Astarote, deusa dos sidônios, e atrás de Milcom, a coisa repugnante dos amonitas. E Salomão começou a fazer o que era mau aos olhos de Deus e não seguiu plenamente a Deus como Davi, seu pai. Foi então que Salomão passou a construir um alto a Quemós, a coisa repugnante de Moabe, no monte que estava defronte de Jerusalém, e a Moloque, a coisa repugnante dos filhos de Amom. E foi assim que ele fez para todas as suas esposas estrangeiras que faziam fumaça sacrifical e ofereciam sacrifícios aos seus deuses.”  IRs 11:1-8.
Embora isso acontecesse “no tempo da velhice de Salomão”, não devemos presumir que seu desvio era por motivo de senilidade, porque Salomão era relativamente jovem quando assumiu o trono, e seu reinado durou 40 anos. (ICR 29:1; 2CR 9:30) O relato não diz que Salomão abandonou completamente a adoração no templo e as ofertas de sacrifícios ali. Ele parece ter tentado praticar uma espécie de ecumenismo para agradar a suas esposas estrangeiras. Por isso, “Deus ficou irado com Salomão, porque seu coração se tinha inclinado para longe do Senhor, o Deus de Israel, aquele que lhe aparecera duas vezes”. Deus informou Salomão que, em conseqüência, Ele arrancaria dele parte do reino, mas não nos dias de Salomão, por respeito a Davi e por causa de Jerusalém. Mas o faria nos dias do filho de Salomão, deixando a este filho apenas uma tribo (além de Judá), tribo que mostrou ser Benjamim.  IRs 11:9-13.
Após Salomão seu filho Roboão assume o trono, e o reino se divide em dois, reino do norte, chamado de Israel, tendo como capital Samaria; o outro reino, o do sul chamado de Judá, tendo como capital Jerusalém. Das 12 tribos de Israel, 10 tribos formaram o reino do norte, ficando apenas Judá e Benjamim compondo o reino do sul.
Segundo a historia pelo menos 19 reis governaram no reino do norte, e pelo menos 21 reis governaram no reino Do sul, enquanto que no reino do norte pelo menos nove dinastias subiram ao trono, no reino do sul apenas uma família governou sendo a família de Davi, da descendência de Judá. Com esta divisão das tribos a pratica da idolatria se tornou comum, predominando na liturgia judaica [IRs16.31]. Sabemos que os reis do reino do norte foram mais infiéis, do que os reis do reino do sul, a apostasia foi um marco no reino do norte, ao ponto deles terem sidos escravizados, e se tornados cativos primeiro do que o reino sul, de Judá. Enquanto que Judá só se tornou cativo em 605 a.C através da Babilônia, o reino do norte em 722a.C já era tributário e cativo do império Assírio, como conseqüência de uma apostasia maior e exarcepada contra Iahweh.
Pode-se afirmar, com segurança, que um dos períodos mais sombrio na historia do reino do norte, também denominado “ISRAEL”, ocorreu durante o reinado de Acabe, filho de Onri. Acabe governou entre os nãos 874 e 853a.C., e o seu reinado foi marcado pela tentativa de conciliar os elementos do culto cananeu com a adoração Israelita. Com isso fica constatado pelo relato bíblico que o reinado de Acabe foi marcado pela pratica ecumênica de adoração, uma da mais forte estratégia de satanás nos dias de hoje.
     I.                             As causas da apostasia.
a)   O casamento misto.
Ao fazer uma aliança com Etbaal rei dos Sidônios, Jezabel sua filha é dada a Acabe em casamento, como penhor, como selo daquela aliança diplomática, ao aceitar os acordos, Acabe não mede as conseqüências que aquela atitude poderia trazer para vida espiritual de Israel. Ao saber que viria para Israel, Jezabel coloca algumas imposições para sua vinda;
1º- Ela não teria obrigação de adorar o deus dos judeus, mas traria consigo os deuses que se adorava em sua terra, ela trouxe Baal e Aséra.
2º- Ela não ouviria os profetas que profetizavam em Israel, mas traria consigo seus profetas, 450 profetas de Baal e 400 profetas de Aséra. Ainda hoje existem as ruínas das casas que foram construídas paras os profetas de Baal e Aséra morarem, em Samaria.
As conseqüências desse relacionamento pagão aumentaram a força da idolatria em os judeus, por ser a religião da família real.
A Mistura sempre foi um perigo na historia do povo de Deus, por isso sempre devemos evitar reuniões mistas, evitando a introdução de modismos, revelamentos e visagens na liturgia de nossos cultos, onde o verdadeiro avivamento passa a ser meros movimentos de homens e não do Espírito.


  Institucionalização da idolatria.

O casamento misto entre Acabe e Jezabel, instituiu o culto a Baal, com essa institucionalização, a adoração a Baal e Aséra passou a ser obrigatória, se tornando religião oficial do reino.
A união estado-religião pagã, se mostrou desastrosa, por influenciar o povo contra Deus, Acabe “levantou um altar a Baal, na casa de Baal que fica em Samaria”, isso fica evidente quando o texto sagrado destaca que a família real “fez um poste-idolo, de maneira que cometeu mais abominações para irritar ao Senhor, Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele.
Vemos então a idolatria sendo patrocinada pelo governo de Acabe, que tinha como compromisso conduzir o povo a Iahweh.
Vivemos hoje este contexto na nossa pátria, onde satanás através da constituição, tentar oprimir a igreja, com suas leis que ferem nosso caráter, e atacam nossa religiosidade cristã, leis a favor do aborto, da homofobia, e proibição da liberdade de culto e adoração.
                          
  II.                                               Os Agentes da Apostasia.
Neste contexto, o instrumento de satanás para derrotar o povo de Deus, foi sem duvida Acabe e Jezabel.
Acabe como governante teve uma verdadeira obstinação na implantação da adoração a Baal em território israelita. Foi sem dúvida alguma uma agente do mal na tentativa de suprimir ou acabar de vez com o verdadeiro culto a DEUS.
Onri, pai de Acabe e rei de Israel que reinou entre os anos 885 e 874 a.C., foi um grande administrador, tanto na política interna como na externa de Israel. Mas foi um desastre como líder espiritual do povo de DEUS (1RS 16.25,26). O pecado de Acabe foi andar nos caminhos idólatras de seu pai, que foi um seguidor de Jeroboão, filho de Nebate (1RS 16.26) e também ter aderido aos maus costumes dos cananeus, trazidos por sua esposa, Jezabel (1RS 16.31).
O inimigo sempre precisará de uma voz, de uma pessoa pra introduzir suas heresias e pecados no meio do povo de DEUS, por isso a necessidade de pedirmos o Dom de discernimento de espírito, pra não cairmos na lábia dos falsos profetas.

III.                                                As conseqüências da apostasia.
A.    Perda da identidade nacional e espiritual.
Fica claro que a nação vitoriosa que havia saído do Egito, e que sempre era vencedora nas batalhas, e que havia conquistado toda terra de Canaã, agora já não recebia o devido respeito das nações adversárias.
Fica claro que a própria nação em si, não sabia mais discernir acerca do verdadeiro Deus que devia ser o único a receber adoração, tanto é, que Deus precisou levantar um homem para desafiar os deuses pagãos que eram adorado em Israel, neste desafio a nação judaica teve que escolher quem seria adorado no reino do norte, se o Deus de Elias ou  Baal ou Aséra, no cume do Carmelo, Iahweh mostrou quem era o verdadeiro e único digno de ser adorado, ao responder com fogo a oração de Elias.  
B.    O Julgamento Divino.
A bíblia diz que Deus não se deixa escarnecer, tudo que o homem semear, isso ele ceifará.
Não foi diferente neste contexto da historia dos hebreus, como conseqüência da desobediência, eles amargaram cerca de três anos e meio de seca, não choveu e nem orvalho caiu durante a noite, todos os rios secaram, tudo para se cumprir a palavra do Senhor pela boca de seu profeta.
Acabe e suas esposas Jezabel morreram assassinados, Acabe em batalha, e Jezabel foi jogado da sacada de sua casa por Jeú filho de Josafá, e quando caiu ao chão foi comida pelos cães, e não podemos esquecer dos 850 profetas de Jezabel, que morreram a fio da espada de Elias, no alto do Carmelo. Deus exterminou a casa de Acabe e seus profetas, por terem desafiado o criador e contaminado o povo com sua apostasia.

Nesses dias de tantos tipos de evangelhos que ouvimos ser pregado, esse estudo é um alerta para a igreja de Cristo, é hora de estar atentos, para não sermos levados pelos ventos de doutrinas, e chegarmos ao ponto de apostatarmos de nossa fé em Cristo.

Abraço a todos e muita paz.
ABN SAN.